A publicidade e a indústria cultural se utilizam dos avanços da ciência e, mais especificamente, da psicologia, que é a ciência do comportamento humano, para dirigir vontades e opiniões. Todos os dias surgem dogmas e paradigmas que são veiculados através de imagens e seguidos, respeitosamente, por milhares de cegos funcionais. De todos os lados, vem apelos e ordens silenciosas, às quais tendemos a nos acostumar.
Tudo isso pode ser dito, também, sobre o som, e os prejuízos existentes em uma audição desatenta e sem critérios. Mas, esse é um fenômeno que merece um raciocínio próprio, por ser bem mais complexo e bem menos individual. Como disse uma vez o compositor Murray Schafer: “Nossos ouvidos não têm pálpebras”.
É preciso um esforço para escapar do lugar-comum da leitura de imagens. Aprender a descartar, reorganizar e criar formas mentalmente. Alinhar a lógica e o coração ao olhar. Refletir e buscar significados escondidos. E, até mesmo, poesia onde, em princípio, não há nada."

http://sistema-nerd.blogspot.com/2010/09/o-idioma-dos-olhos.html
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